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Déia Corazzini

BRASIL

1986

Nascida no interior do RS, passou a infância entre o campo, as telas do ateliê de sua mãe, e acompanhando seu avô fotógrafo enquanto trabalhava. Aprendeu a desenhar de forma autodidata, cursou pintura na Accademia di Belle Arti di Firenze, em Florença, Itália, através de uma bolsa de estudos. Em seu retorno ao Brasil, frequentou a graduação de Artes Visuais da Udesc, em Florianópolis, e pós graduação em ilustração na mesma cidade, dentre inúmeros cursos livres.
Atuou durante anos como ilustradora, fotógrafa e videomaker. No audiovisual trabalhou com artistas do cenário musical de diversos países como Brasil, Itália, Inglaterra e Jamaica, e desenvolveu em paralelo os seus projetos pessoais na pintura.
Atualmente se dedica à sua produção artística, transitando entre diversas mídias, sobretudo a pintura em aquarela, abordando temáticas relacionadas à opressão que permeia seu cotidiano enquanto mulher.
Em 2020, em isolamento social, produz a série “Parábola para o fim do mundo”, relacionada à pandemia do Covid 19, como forma de conexão com outras realidades adaptadas ao confinamento, onde janelas reais e virtuais se tornam o único contato com o mundo externo aos lares, e que por sua vez, se convertem em um único espaço de lazer, trabalho, luta e cuidado em um cenário de incerteza, banalização de morte. Em 2021, teve uma de suas obras selecionadas para compor o livro Covidart, do projeto Ludvigrage de Londres, e participa da mostra virtual “Cem Mulheres”, Emergeartes. Nesse ano também cria a série “Soneto da Mulher ideal”,que consiste em quatro pinturas em aquarela, compostas formalmente de acordo com métrica de um soneto de Soneto: Dois quartetos e dois tercetos. Nesses trabalhos são tratados a partir de naturezas mortas, a violência naturalizada presente na pressão social sofrida pelas mulheres em relação aos seus corpos, para que se enquadrem em padrões de beleza artificiais e inalcançáveis.
Das violências disfarçadas de bem estar
Mutilações disfarçadas de autoestima
Lucro disfarçado de cura
Autodestruição disfarçada de autocuidado
Morte da subjetividade disfarçada de salvação.

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