Rosana
PAULINO
Marilyn
BOROR BOR
e
Brasil 1967
Guatemala 1984
Na história da arte ainda há muitas ausências e diálogos não resolvidos. Em países como os nossos isto se deve tanto pela influência do patriarcado quanto pela interseção deste com o colonialismo, que manteve em grande parte uma visão tradicional da arte aspirando corresponder aos cânones estabelecidos no Ocidente. Temos poucos conhecimentos e informações sobre a produção de artistas negras e indígenas, o que nos mantém sempre com uma visão eurocêntrica da história. Rosana Paulino e Marilyn Boror Bor produzem para destacar estas questões não apenas no campo da arte e da história, mas em todas as esferas sociais.
O racismo é uma questão que precisamos tratar com urgência, não como um estudo antropológico, mas com um olhar humanizado, com plena consciência de que todos nós fazemos parte de um ciclo imenso de preconceitos e a melhor maneira de rompê-lo é democratizando através da arte, da ação e do pensamento o acesso a todas as visões de mundo que nos cercam. Refletir sobre o trabalho de ambas as artistas nos leva a entender que quando falamos de ancestralidade e herança não nos referimos apenas ao passado, mas falamos de toda uma trajetória viva na atualidade.
Rosana PAULINO
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As imagens são cortesia da artista Rosana Paulino e da galeria Mendes Woods DM
Marilyn BOROR BOR
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